Com o fim do segundo turno das eleições, as movimentações políticas no Tocantins sugerem o surgimento de um novo bloco de oposição ao Palácio Araguaia. Formado pelos gestores das cinco maiores cidades do estado — Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso do Tocantins — o grupo, que já vem sendo apelidado de “G5”, se fortalece como uma força política coesa, potencialmente influente nos próximos pleitos.
Durante um encontro promovido pela Caixa Econômica, na última quinta-feira, os prefeitos mostraram sintonia e disposição em alinhar interesses. A presença de Eduardo Siqueira Campos, eleito em Palmas, marcou a inclusão de um novo membro ao grupo, que já era composto pelos reeleitos Wagner Rodrigues (Araguaína), Josi Nunes (Gurupi), Ronivon Maciel (Porto Nacional) e Celso Moraes (Paraíso do Tocantins). A afinidade entre eles é vista como um indicador da possibilidade de atuação coordenada nas pautas de interesse dos municípios, e uma eventual oposição ao governador Wanderlei Barbosa, que não apoiou nenhum dos cinco.
O apoio da bancada federal, em especial da senadora Dorinha Seabra Rezende, presidente do partido de Nunes, Moraes e Maciel, fortalece o G5, que já começa a sinalizar o desejo de buscar maior representatividade nas esferas estadual e federal. A unidade do grupo e sua proximidade com líderes federais são vistas como estratégias para dar maior voz aos municípios.
Para Eduardo Siqueira Campos, recém-eleito em Palmas, a participação nesse grupo representa uma oportunidade de reinserir a capital tocantinense no movimento municipalista, reforçando a cooperação institucional.
Com a expressiva base eleitoral, o G5 pode se consolidar como um ator relevante no cenário político tocantinense, influenciando as próximas eleições e promovendo uma oposição mais articulada e estratégica ao governo estadual.